GMF-TRF6 visita o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto

A imagem mostra um grande grupo de pessoas, composto por homens e mulheres, posando para uma foto em uma escadaria. No primeiro plano, há pessoas de uniforme policial em ambos os lados, com o restante do grupo no centro. As pessoas estão em diferentes degraus da escadaria, o que forma fileiras escalonadas. O fundo é a fachada de uma casa ou prédio de cor clara com janelas e portas.
Supervisor do GMF-TRF6, desembargador federal Grégore Moura; juíza federal em auxílio à Corregedoria, Fernanda Schorr; juíza federal da 1ª Vara Criminal da SSJ de BH, Camila Velano; juíza federal da 2ª Vara Criminal da SSJ de BH e coordenadora do GMF-TRF6, Raquel Vasconcelos e diretor da COSIT, Mozar Reis ao lado de servidores e estagiários do TRF6 e integrantes do Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto

O Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário da Justiça Federal da 6ª Região (GMF-TRF6) visitou o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte (MG), com apoio da Coordenadoria de Segurança, Inteligência e Transporte do Tribunal (COSIT). Vinte integrantes do TRF6 participaram da visita, que ocorreu no dia 25 de junho.

O evento atende ao art. 6º, XVIII, da Res. CNJ 214/2015, que estabelece como uma das competências dos GMFs “desenvolver programas de visitas regulares de juízes e servidores a unidades prisionais e de atendimento socioeducativo, promovendo ações de conscientização e ampliação de conhecimento sobre as condições dos estabelecimentos de privação de liberdade".

A juíza federal Camila Franco e Silva Velano, da 1ª Vara Criminal da Subseção Judiciária de Belo Horizonte (SSJBH), afirmou que a experiência foi transformadora em sua vida, como magistrada e como pessoa: “Após mais de uma década atuando na jurisdição criminal, finalmente visitei a Penitenciária Feminina Estevão Pinto, destino de tantas decisões que proferi ao longo dos anos. A experiência foi profundamente marcante. Percorrer os corredores, sentir o ambiente, olhar nos olhos das mulheres ali privadas de liberdade trouxe uma dimensão humana que, muitas vezes, se perde entre os autos e os códigos. Ver de perto as condições do cárcere, ouvir relatos, perceber gestos e silêncios, tudo isso me fez refletir, com mais profundidade, sobre o impacto real das decisões judiciais na vida das pessoas. A visita não muda minha responsabilidade de aplicar a lei, mas amplia minha consciência sobre o alcance de cada sentença. É um chamado à justiça com sensibilidade, sem romantismo, mas com humanidade.”

Outra participante da visita foi a estagiária do Núcleo de Justiça Restaurativa (NUJURE) do TRF6, Juliana Gomes Moreira, que considerou a ação na Penitenciária Estevão Pinto uma experiência marcante e essencial para toda a sociedade e em especial para os operadores do Direito. “Ao final, a reflexão foi inevitável: a liberdade é o bem mais precioso, e estamos falhando gravemente como sociedade. O que testemunhei ali é um espelho de nossas próprias falhas. Não podemos mais adiar a mudança de mentalidade, de uma sociedade que prioriza a punição em detrimento da restauração”, afirmou Juliana.

Após a visita ao Complexo, o GMF-TRF6 encerra temporariamente as ações com as varas da capital, e começa a planejar, para os próximos meses, atividades junto às varas criminais do interior de Minas Gerais.

A imagem mostra um grande grupo de pessoas, homens e mulheres, de pé e alinhadas para uma foto. A maioria das pessoas está vestindo trajes sociais ou esporte fino, com exceção de dois homens nos extremos da fila, que estão com uniformes policiais. O grupo está posando em uma área externa pavimentada, em frente a um edifício de cor clara com uma estrutura de telhado. O dia é ensolarado, com céu azul, e ao fundo, é possível ver árvores e uma parede de concreto.

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