As marcas do amor são indeléveis e não podem apagar. Com esse sentimento, a mãe da servidora Angel Mikaela Pires Corgosinho (falecida há 20 anos) compareceu à inauguração do Centro de Treinamento de Servidores na tarde da última quarta-feira (7/8/2024). O local levará o nome de sua filha que era muito querida por colegas de trabalho e que dedicava-se ao trabalho voluntário fora da Justiça Federal.
Marina Souza Pires, mãe da servidora Angel, disse que viveu uma semana de muitas emoções com a homenagem à filha e que chegou à conclusão de que as marcas do amor não se apagam. "Minha filha vivia para a Justiça, para a família e para o Espiritismo, que ela seguia à risca", contou orgulhosa.
A inauguração ocorreu no 2º andar do Edifício Oscar Dias Correa (ODC) situado na rua Santos Barreto número 161, no bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte. A homenagem foi realizada pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) após votação entre servidores e magistrados.
Estiveram presentes no evento a presidente do TRF6, desembargadora federal Mônica Sifuentes; o vice-presidente e corregedor, desembargador federal Vallisney Oliveira; os desembargadores federais Prado de Vasconcelos, Simone Lemos e Dolzany da Costa; o juiz federal em auxílio à Presidência, Guilherme Mendonça Doehler; o diretor do foro da Subseção Judiciária de Minas Gerais, juiz federal Antônio Francisco do Nascimento; o secretário-geral, Ivanir César Ireno Júnior e o diretor-geral, Edmundo Veras.
Na inauguração, ocorreu uma palestra da escritora Lúcia Helena Galvão, que falou sobre o tema "Leveza: a chave para o equilíbrio interior". A Secretaria de Gestão de Pessoas (SECGP) foi responsável pela votação do nome.
A escolha pelo nome “Angel Mikaela Pires Corgosinho” para o Centro de Treinamento justifica-se pelos relatos dos colegas da dedicação e empenho da servidora em suas tarefas dentro da Justiça Federal e também fora dela. A servidora Angel desempenhava tarefas voluntárias de arrecadação e distribuição de doações a necessitados e também auxiliava na distribuição de sopa a pessoas em situação de vulnerabilidade nas ruas.
O juiz federal em auxílio à Presidência, Guilherme Doehler, conviveu com a servidora Angel em seu gabinete. "Ela era uma pessoa muito agradável, dedicada ao extremo às suas atividades. Ela tinha uma vida paralela que era totalmente dedicada a fazer o bem às pessoas, fazer caridade. Ela mobilizava todos que estavam em seu entorno para auxiliar nessas ações. Fazia bem reflexamente para a gente por meio disso. Era muito bom. Então, eu acho que o legado que ela deixou para nós, acabou de ser reconhecido agora e está marcado na história da Justiça Federal, declarou o juiz federal.
Em 25 de maio de 2004, aos 30 anos, a servidora foi assassinada em atividade de evangelização no Centro Espírita “Paz e harmonia” situado no bairro Vila Oeste em Belo Horizonte. Ela também teria ajudado a fundar o Centro.
A trajetória de Angel foi marcada pela luz e amor que espalhou, não apenas por meio de suas ações, mas também pelo exemplo inspirador que foi para todos ao seu redor.
Dedicou sua vida a estudar e praticar os princípios espirituais, buscando compreender e promover a verdadeira essência do Espiritismo. Seu compromisso com a Doutrina Espírita ajudou a iluminar o caminho de muitos. Sua contribuição será eternamente lembrada com carinho e respeito por todos.
Que ela encontre a mesma paz que procurou compartilhar com todos.
A Justiça Federal agradece sua dedicação.