Desembargador federal Edilson Vitorelli entrega relatório parcial sobre o Novo Acordo da Bacia do Rio Doce ao STF

Ministro Luís Roberto Barroso destacou os mais de 52 mil acertos individuais e pagamentos à União, a Minas Gerais e ao Espírito Santo

Os dois homens na imagem estão de terno e gravata, segurando um livro ou relatório. O homem à esquerda usa um terno azul-marinho e gravata azul, enquanto o homem à direita veste um terno azul e uma gravata laranja-avermelhada.
Desembargador federal Edilson Vitorelli e o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso. Foto: Antonio Augusto/STF

O desembargador federal Edilson Vitorelli, do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), entregou na tarde desta quarta-feira (4) o relatório parcial de monitoramento do Novo Acordo da Bacia do Rio Doce. O documento, que abrange o período de dezembro de 2024 a maio de 2025, foi recebido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso.

O monitoramento faz parte da homologação do novo acordo para reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em novembro de 2015, firmado na Petição (Pet) 13157. O Plenário validou o acerto, por unanimidade, em novembro de 2024.

O relatório contempla “os avanços obtidos, os desafios enfrentados e as medidas corretivas adotadas”. Dados reunidos pelo documento apontam que já foram homologados 52.477 acordos individuais, com pagamento de R$ 2,476 bilhões às pessoas atingidas.

Esta imagem mostra um grupo de pessoas, incluindo homens e mulheres em uma reunião ou encontro. Eles estão sentados em sofás e cadeiras, em torno de uma pequena mesa de centro com um livro sobre ela. Um tapete vermelho com padrões está no chão. As pessoas estão vestidas formalmente, a maioria de terno e gravata, e algumas estão com blocos de anotações ou documentos. Ao fundo, há janelas grandes com vista para a vegetação e uma bandeira do Brasil é visível.
Foto: Antonio Augusto/STF

Dos 49 municípios afetados pelo rompimento da barragem da Samarco Mineração, empresa controlada pela Vale e pela BHP Billiton, 26 decidiram aderir ao acordo. O grupo recebeu, ao todo, R$ 135 milhões da Samarco. A empresa pagou R$ 1,9 bilhão à União, R$ 1,5 bilhão ao Estado de Minas Gerais e R$ 1,2 bilhão ao Estado do Espírito Santo, de acordo com o relatório.

Na sessão plenária, o presidente do STF parabenizou o trabalho envolvido na execução do acordo e ressaltou que os acertos individuais representam, até aqui, 52 mil processos evitados na Justiça, ao mesmo tempo em que atendem às legítimas demandas dos afetados.

Histórico

O rompimento da barragem em Mariana, ocorrido em 2015, provocou o maior desastre ambiental do país, com a destruição de áreas de preservação e vegetação nativa de Mata Atlântica, perda da biodiversidade e degradação ambiental na bacia do rio Doce e no oceano Atlântico.

A tragédia resultou em 19 mortes e afetou mais de 40 municípios, três reservas indígenas e milhares de pessoas. Também afetou o modo de vida das comunidades e prejudicou as atividades econômicas da região.

Leia a íntegra do relatório.

Com informações do STF.

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