O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é uma data dedicada à memória, ao reconhecimento e à reflexão. A escolha do dia marca o legado de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo do período colonial e símbolo da resistência contra a escravidão no Brasil. A criação da data, oficializada pela Lei nº 12.519/2011, ampliou o espaço para discutir a história do povo negro, suas contribuições para o país e os desafios ainda presentes na construção de uma sociedade justa e igualitária.
A data convida toda a sociedade a revisitar um passado que moldou profundamente a formação do Brasil. Milhões de homens, mulheres e crianças foram trazidos à força do continente africano — especialmente das regiões onde hoje estão Angola, Congo, Moçambique e Benim — para trabalhar nas minas, nos campos e nas cidades. Em Minas Gerais, povos de diferentes etnias africanas construíram parte significativa da economia mineradora, influenciaram tradições culturais e deixaram marcas profundas na música, na culinária, na religiosidade e nas expressões artísticas que identificam o estado até hoje.
Celebrar a Consciência Negra significa reconhecer essas raízes e enfrentar, com responsabilidade, os reflexos atuais do racismo estrutural. É um momento para reforçar ações que promovam inclusão social, educacional e profissional; ampliar oportunidades; e fortalecer políticas que assegurem o pleno acesso à cidadania. No Judiciário, esse compromisso se traduz na promoção de uma Justiça acessível, diversa e atenta às desigualdades que ainda persistem.
O TRF6 se une à sociedade mineira nesta data para reafirmar seu compromisso com o respeito, a pluralidade e a igualdade racial. Que o Dia da Consciência Negra inspire reflexões profundas e ações contínuas, sempre guiadas pela construção de um futuro em que todas as pessoas possam viver com dignidade, reconhecimento e justiça.
