Encontro no CNJ reúne profissionais de comunicação de todo o país

Um grupo bem grande de pessoas posando para foto em um ambiente aberto. A foto foi tirada em corredores entre prédios.
4º Encontro Nacional de Comunicação do Poder Judiciário. Foto: Rômulo Serpa/Agência CNJ

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promoveu, nos dias 22 e 23 de maio de 2025, o 4º Encontro Nacional de Comunicação do Poder Judiciário, em sua sede, em Brasília (DF). O evento reuniu profissionais de comunicação de todos os tribunais do país para a troca de experiências e definição de estratégias voltadas à construção de uma Justiça mais próxima, transparente, inclusiva e acessível. Pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), participou a chefe da Assessoria de Comunicação Social, Vera Carpes.

Na cerimônia de abertura, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, e o vice-presidente da Corte, ministro Edson Fachin, destacaram a importância da comunicação pública como ferramenta fundamental para o fortalecimento institucional do Judiciário e sua conexão com a sociedade.

Foto tirada do evento do ponto de vista da plateia. As pessoas que estão discursando estão assentados ao da imagem.
Da esq. para a dir.: ministro do STF Edson Fachin; presidente do STF e do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, e conselheira Daiane Nogueira de Lira. Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ

O ministro Barroso ressaltou que a revolução tecnológica, marcada pela massificação da internet e das plataformas digitais, produziu três consequências importantes: a chegada sem filtro da informação ao espaço público; uma imensa “tribalização” da vida; e uma crise no modelo de negócios da imprensa tradicional. “Nós passamos a viver o mundo das narrativas próprias, e cada tribo cria a sua própria”, salientou o ministro, alertando para as consequências desse fenômeno: “nessas narrativas, a mentira passa a ser uma estratégia política”.

Já o ministro Edson Fachin, por sua vez, também destacou o papel estratégico da comunicação pública para a democracia. Para isso, ele enfatizou que ela deve ser “ética, nítida e acessível”, especialmente diante dos desafios da era digital, marcada pela desinformação e pela manipulação de narrativas. Fachin destacou ainda a importância de uma comunicação dialógica e empática. “Antes de comunicar, é preciso saber ouvir. A qualidade da comunicação é simétrica à qualificação da escuta”, afirmou.

Foto focada de um dos palestrantes durante o evento. Ele está assentada em uma cadeira preta atrás de uma mesa. Em cima da mesa, tem um microfone. Ao fundo tem uma arte projetada.
Ministro do STF Edson Fachin. Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ

Também participaram da mesa de abertura a presidente da Comissão Permanente de Comunicação do Poder Judiciário e conselheira do CNJ, Daiane Nogueira de Lira, e a secretária de comunicação do Conselho, Giselly Siqueira.

A programação do encontro seguiu, ao longo da tarde do dia 22, com painéis sobre estratégias de comunicação, dados e transparência no Poder Judiciário e linguagem simples. No dia 23, foram oferecidas oficinas sobre comunicação digital e produção audiovisual, gestão de crises e comunicação interna e ágil. O evento se encerrou com o painel sobre o futuro da comunicação na Justiça.

Um grupo de pessoas, com vários homens e mulheres posando para foto. Em primeiro plano, aparece várias telas de computadores ligados, e, ao fundo, as pessoas. Ao fundo da imagem, tem janelas.
Foto: G.Dettmar/Agência CNJ

Importância da Comunicação Pública

Encontros como o 4º Encontro Nacional de Comunicação do Poder Judiciário são fundamentais para fortalecer a atuação dos profissionais que trabalham na interface entre o Judiciário e a sociedade. A troca de experiências, o debate aberto e a troca de informações atualizadas possibilitam a construção coletiva de estratégias eficazes e inovadoras capazes de aprimorar a comunicação pública.

Esses momentos de integração promovem um ambiente colaborativo que contribui para o desenvolvimento de práticas mais transparentes, inclusivas e acessíveis, alinhadas às demandas contemporâneas e às expectativas do público.

Além disso, eventos dessa natureza estimulam o diálogo entre diferentes tribunais, fomentando a uniformização de conceitos e a ampliação do alcance das ações comunicacionais. A reflexão conjunta sobre os desafios trazidos pela era digital, como a desinformação e a fragmentação das narrativas, fortalece a capacidade do Poder Judiciário de se posicionar de forma ética, clara e acessível à população. Dessa forma, o encontro não só potencializa o papel social da comunicação, mas também contribui para o fortalecimento da democracia e da confiança pública nas instituições judiciais.

Com informações do CNJ/TRF6

Quatro pessoas lado a lado posando para foto, sendo três homens e uma mulher. Todos estão vestindo roupas formais. Ao fundo, uma parede de madeira, com a logo do CNJ pregada.
Da esq. para a dir.: chefe da ASCOM/TRF3, Maurício Ferrero; chefe da ASCOM/TRF2, André Camodego; chefe da ASCOM/TRF6, Vera Carpes; chefe da ASCOM/TRF1, Gilbson Alencar
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