Entrevista do diretor-geral do TRF6, Jânio Mady dos Santos é destaque no Portal do CNJ

A imagem apresenta um recorte de uma matéria jornalística sobre os 20 anos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O título da notícia destaca que políticas estratégicas orientam transformações a partir de gestores e gestoras da Justiça.

Na parte superior, há o logotipo do CNJ sobre uma imagem de fundo que remete a um prédio institucional. Abaixo do título, há uma fotografia de um homem de óculos, cabelos grisalhos e barba, vestindo um terno escuro e uma camisa azul. Ele segura um microfone e está discursando em um evento.

No lado direito da imagem, há um selo gráfico com a inscrição "TRF6 NA MÍDIA", com um design colorido que inclui bordas verdes e azuis. O fundo da composição tem um efeito de jornal impresso, reforçando a ideia de cobertura midiática.

A entrevista do diretor-geral do TRF6, Jânio Mady dos Santos para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é destaque na série “CNJ 20 anos”. Confira abaixo:


CNJ 20 anos: políticas estratégicas orientam transformações a partir de gestores e gestoras da Justiça

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) celebra, em 2025, duas décadas de transformações na Justiça brasileira. Desde a sua criação até os desafios contemporâneos, o Conselho se consolidou como um alicerce para o planejamento central e a gestão do Poder Judiciário, além de exercer as funções correicionais. Nesse contexto, gestoras e gestores do Judiciário se aperfeiçoaram para transformar a Justiça com impacto direto sobre a qualidade dos serviços oferecidos.

Responsáveis por garantir o funcionamento estratégico e operacional da Justiça em diversas frentes, essas lideranças traduzem diretrizes estratégicas em ações concretas nos 91 tribunais. Compreender como as políticas nacionais impactaram o cotidiano de quem está na linha de frente da gestão judicial é fundamental para avaliar o alcance dessas transformações.

O início de um modelo de gestão
Na imagem há um grupo de pessoas sentadas em volta de uma mesa branca. Ao centro da imagem há uma mulher branca de paletó branco discursando. Acima da mesa há copos e papéis de anotações.
Em 2009, Ana Carolina Chaer conduziu processo de planejamento estratégico do Judiciário. FOTO: G. Dettmar/Ag. CNJ

Quando assumiu a Diretoria de Gestão Estratégica do CNJ, em 2009, a administradora e empresária Ana Carolina Chaer recebeu uma tarefa desafiadora. O Conselho precisava estruturar, do zero, políticas que orientassem, de forma consistente, o cumprimento da missão constitucional. No entanto, Chaer e sua equipe rapidamente se depararam com a necessidade de assumir um compromisso anterior: estruturar uma política que passaria a orientar o planejamento estratégico de todo o Poder Judiciário.

Desde a aprovação das primeiras Metas Nacionais do Poder Judiciário, em 2009, os ciclos de planejamento continuam perpetuando diretrizes: a cultura de administração gerencial voltada para resultados e a instituição de políticas judiciárias, metas e instrumentos de aferição.

Como gestora, Ana Carolina se orgulha do resultado. “É muito gratificante ver que foi dada continuidade a esse planejamento. Lá atrás, fizemos metas de 2009 a 2014. Depois, essa estratégia seguiu adiante. Há uma atualização dos objetivos, mas os conceitos e os pilares continuam os mesmos”, afirma.

Os conceitos aos quais a administradora se refere estão em conformidade com a metodologia Balanced Scorecard (BSC), um modelo de gestão estratégica que auxilia organizações a traduzirem seus propósitos em objetivos operacionais. Chaer teve contato com a teoria em estudos nos Estados Unidos, onde também iniciou a carreira profissional na iniciativa privada.

Atualmente à frente de uma rede de restaurantes na capital federal, Ana Carolina Chaer deixou a administração pública, mas mantém atuação como gestora de negócios e pessoas. “Hoje tenho uma empresa que cresceu. Em oito anos, conseguimos abrir nove restaurantes. Com certeza, o conhecimento e os estudos que buscamos para elaborar o planejamento estratégico do Judiciário contribuíram para o meu aprendizado e para eu aplicá-lo ao meu negócio”, recorda Ana Carolina ao acrescentar que a melhoria contínua e o foco em resultados são os principais legados.

Esta imagem mostra uma linha do tempo com ações criadas pelo Poder Judiciário. O título está na parte superior e diz: "Evolução da estratégia nacional do Poder Judiciário". No canto superior direito há a logo dos 20 anos do CNJ.
Impacto do CNJ na linha de frente

Dados do Painel de Pessoal do Poder Judiciário mostram que, atualmente, quase 52 mil servidores e servidoras exercem cargos de chefia em órgão da Justiça, representando cerca de 18% do corpo funcional efetivo do Judiciário. Além deles, outros 18,9 mil magistrados e magistradas também desempenham funções de gestão, com a responsabilidade direta de liderar o funcionamento das respectivas unidades.

Na sede do Tribunal Regional Federal da 6.ª Região (TRF-6), o diretor-geral Jânio Mady dos Santos administra uma engrenagem complexa que move o tribunal. Com mais de três décadas de serviço público, sendo 20 anos dedicados a cargos de gestão no Judiciário, ele está à frente da recente estrutura que faz a Justiça Federal em Minas Gerais funcionar. O trabalho exige a articulação de setores que abrangem orçamento, tecnologia, segurança e gestão de pessoas, entre outras áreas essenciais.

“Nós somos a área-meio. O foco é a atividade-fim”, reflete Jânio, com a serenidade de quem conhece profundamente os desafios de manter a máquina judiciária operando. A consciência do papel como gestor é clara: garantir que a estrutura administrativa funcione de forma eficiente para permitir que o tribunal cumpra a missão de prestar justiça.

Nesta imagem há um homem de terno e óculos discursando com um microfone em sua mão.
O diretor-geral do TRF-6, Jânio Mady, acumula mais de três décadas de serviço público. FOTO: TRF-6

Com a criação do TRF-6, em 2022, surgiram desafios que pareciam, à primeira vista, intransponíveis, sobretudo relacionados a recursos humanos e orçamentários. Foi nesse contexto que as diretrizes do CNJ desempenharam um papel fundamental. “O CNJ traz as orientações que precisamos alcançar, um eixo de trabalho e metas comuns para toda a Justiça Federal e o Judiciário como um todo. Isso nos deu a segurança de que soluções surgiriam na caminhada”, destaca o diretor-geral.

Jânio refere-se diretamente às Metas Nacionais do Poder Judiciário e ao planejamento estratégico conduzido pelo Conselho como elementos relevantes para a rotina de gestão. Essas metas, estabelecidas anualmente com a participação de tribunais de todo o país, representam um compromisso coletivo com a eficiência e a celeridade na prestação jurisdicional.

Para o diretor-geral, as metas e as orientações estratégicas conduzem os gestores a seguirem um caminho comum, mesmo diante das particularidades de cada tribunal. “Elas não apenas norteiam nosso trabalho, mas também criam um ambiente colaborativo que facilita a busca por soluções”, explica.

Uma missão comum: cuidar para fazer justiça

O papel dos gestores no Poder Judiciário vai muito além da supervisão de tarefas administrativas. Eles são agentes responsáveis por assegurar que as equipes estejam preparadas, motivadas e saudáveis para que a Justiça desempenhe sua função primordial. Essa ideia permeia as iniciativas de vários tribunais do país, incluindo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que criou o programa “Conversa com Gestores”. A ação surgiu em um momento de crise profunda.

“O CNJ sempre bate na tecla em relação ao desenvolvimento de gestão e à necessidade de estar mais próximo deles, então isso já fazia parte do nosso dia a dia. Mas, com a pandemia de covid-19, vimos a necessidade de entender o que se passava em nossa organização. Precisávamos ouvir as pessoas, sobretudo, gestoras e gestores”, diz o chefe da Divisão de Desenvolvimento e Valorização de Pessoas do TJSC, Marcelo da Silva.

Nesta última imagem há algumas pessoas sentas em cadeiras em círculo.
Tribunal de Santa Catarina realiza o programa Conversa com Gestores. FOTO: TJSC

Com a transição abrupta para o trabalho remoto e as incertezas causadas pela crise sanitária, os encontros tornaram-se um espaço essencial para dialogar sobre os desafios enfrentados. A chefe da Divisão de Atenção à Saúde, Carolina Junckes, relembra que muitas vezes os gestores utilizavam o espaço também para desabafar sobre demandas pessoais. “É um momento de escuta muito importante, no qual os gestores se sentem valorizados e acolhidos”, destaca. Desde 2021, foram realizados 83 encontros com a participação de 642 gestores da Justiça estadual catarinense.

A valorização é uma das premissas preconizadas pela Política Nacional de Gestão de Pessoas no âmbito do Poder Judiciário. A resolução do CNJ de 2016 que dispõe sobre essa diretriz dedica uma seção ao acompanhamento e desenvolvimento de gestores. Segundo a norma, devem ser asseguradas oportunidades de desenvolvimento e gestão de competências.

No CNJ, o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores (Ceajud) é responsável por oferecer cursos e treinamentos a servidores do Poder Judiciário. Nos últimos dois anos, o centro promoveu 16 edições de cursos gerenciais, atendendo aproximadamente 5,7 mil pessoas de toda a Justiça brasileira.

Este texto faz parte da série “CNJ 20 anos”, que será publicada ao longo dos próximos meses para mostrar os diversos públicos alcançados pelas ações do Conselho.

Fonte: Agência CNJ de Notícias

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