A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, cujo vetor é a fêmea do mosquito Aedes aegypti. Até o momento são conhecidos quatro sorotipos – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 –, que apresentam distintos materiais genéticos (genótipos) e linhagens.
A dengue possui padrão sazonal, com aumento do número de casos e o risco para epidemias, principalmente entre os meses de outubro de um ano a maio do ano seguinte.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas com mais de 65 anos, grávidas, lactantes, crianças (até 2 anos) e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença.
Sinais e sintomas
Todo indivíduo que apresentar febre de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações - dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno. No entanto, após o período febril deve-se ficar atento. Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo.
Prevenção
Embora exista a vacina contra a dengue, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle para a dengue e outras arboviroses urbanas (como chikungunya e zika), seja pelo manejo integrado de vetores ou pela prevenção pessoal dentro dos domicílios.
Nesse sentido, além das ações realizadas pelos agentes de saúde, a população deve fazer a sua parte:
Vacina
No Brasil já existe vacina na rede privada de saúde, bem como o Sistema Único de Saúde (SUS) tem previsão de iniciar a campanha de vacinação contra a dengue, utilizando o imunizante Qdenga, ainda neste mês de fevereiro, voltado, inicialmente, para o público infantil e de adolescentes, entre 10 a 14 anos.
A Qdenga é indicada para indivíduos de 4 a 60 anos, independentemente se a pessoa já teve dengue antes ou não, e poderá causar efeitos adversos leves, uma vez que é produzida a partir do vírus vivo atenuado, ou do micro-organismo infectado, mas enfraquecido.
O imunizante é contraindicado para pessoas com alergia grave a algum dos componentes da vacina, gestantes, mulheres em fase de amamentação, pessoas com imunodeficiência e pacientes com HIV.
O esquema de dose da Qdenga é de duas aplicações, com intervalo de três meses entre elas. É importante completar a imunização para atingir a eficácia desejada.
Para os que já foram diagnosticados com dengue, o tempo ideal entre o episódio da doença e o início da vacinação é de 6 meses.
Tratamento
O tratamento é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Por isso, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar:
Fontes
Ministério da Saúde (MS)
Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)