TRF6 alerta para prevenção e controle da dengue

Imagem colorida em fundo azul da Campanha do TRF6 contra a dengue. Ao centro, a figura do mosquito da dengue com o símbolo de proibido em vermelho.

A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, cujo vetor é a fêmea do mosquito Aedes aegypti. Até o momento são conhecidos quatro sorotipos – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 –, que apresentam distintos materiais genéticos (genótipos) e linhagens.

A dengue possui padrão sazonal, com aumento do número de casos e o risco para epidemias, principalmente entre os meses de outubro de um ano a maio do ano seguinte.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas com mais de 65 anos, grávidas, lactantes, crianças (até 2 anos) e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença.

Sinais e sintomas
Todo indivíduo que apresentar febre de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações - dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno. No entanto, após o período febril deve-se ficar atento. Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo.

Prevenção
Embora exista a vacina contra a dengue, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle para a dengue e outras arboviroses urbanas (como chikungunya e zika), seja pelo manejo integrado de vetores ou pela prevenção pessoal dentro dos domicílios.

Nesse sentido, além das ações realizadas pelos agentes de saúde, a população deve fazer a sua parte:

  • uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão;
  • remoção de recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos;
  • vedação dos reservatórios e caixas de água;
  • desobstrução de calhas, lajes e ralos;
  • participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Vacina
No Brasil já existe vacina na rede privada de saúde, bem como o Sistema Único de Saúde (SUS) tem previsão de iniciar a campanha de vacinação contra a dengue, utilizando o imunizante Qdenga, ainda neste mês de fevereiro, voltado, inicialmente, para o público infantil e de adolescentes, entre 10 a 14 anos.

A Qdenga é indicada para indivíduos de 4 a 60 anos, independentemente se a pessoa já teve dengue antes ou não, e poderá causar efeitos adversos leves, uma vez que é produzida a partir do vírus vivo atenuado, ou do micro-organismo infectado, mas enfraquecido.

O imunizante é contraindicado para pessoas com alergia grave a algum dos componentes da vacina, gestantes, mulheres em fase de amamentação, pessoas com imunodeficiência e pacientes com HIV.

O esquema de dose da Qdenga é de duas aplicações, com intervalo de três meses entre elas. É importante completar a imunização para atingir a eficácia desejada.

Para os que já foram diagnosticados com dengue, o tempo ideal entre o episódio da doença e o início da vacinação é de 6 meses.

Tratamento

O tratamento é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Por isso, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar:

  • Repouso;
  • Ingestão de líquidos;
  • Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme.
  • Retorno para reavaliação clínica conforme orientação médica.
  • Ainda não existe tratamento específico para a doença.

Fontes
Ministério da Saúde (MS)
Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)

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