TRF6 e Seção Judiciária de Minas Gerais homenageiam juiz federal aposentado Vicente Porto de Menezes

Foto de 10 pessoas, sendo elas 8 homens, 6 vestindo ternos, um com uma camisa amarela e o outro com uma camisa social azul, além de duas mulheres.

O Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) e a Seção Judiciária de Minas Gerais fizeram uma homenagem ao juiz federal aposentado Vicente Porto de Menezes, que está completando 99 anos, com a solenidade de entrega de sua carteira funcional. A cerimônia aconteceu no dia 7 de novembro no Salão de Eventos do Plenário do TRF6, no Edifício Euclides Reis Aguiar, com a presença de familiares e amigos do juiz aposentado. A carteira foi entregue pelo vice-presidente do TRF6, desembargador federal Ricardo Machado Rabelo, pelo diretor do Foro Seção Judiciária De Minas Gerais, juiz federal José Carlos Machado Júnior e pelo secretário-geral da presidência, juiz federal Antônio Francisco do Nascimento. O vice-diretor do Foro Seção Judiciária de Minas Gerais, Grigório Carlos dos Santos, o juiz federal, Carlos Teixeira e o diretor da Secretaria Administrativa do TRF6, Raimundo do Nascimento Ferreira estiveram presentes.

Foto de um homem com camisa amarela discursando em um púlpito.

“O documento que meu pai usava estava muito desgastado devido ao tempo, e ele precisava de um outro que permitisse leitura, principalmente quando vai a uma consulta médica”, informou o filho de Vicente de Menezes, Flávio Leonardo Dinelli de Menezes. “Eu quero agradecer por esse carinho imenso que a família está tendo aqui, e ele também, e falar que a Justiça Federal fez parte da vida do meu pai, e da minha também, agradecer o carinho e atenção de todos. Muito obrigado!”, completou Flávio de Menezes.

Foto de um homem discursando em um púlpito, com terno preto e gravata azul.

O juiz Antônio Francisco do Nascimento ressaltou que a instituição Justiça Federal, como qualquer instituição, é feita por pessoas e suas histórias, de geração em geração. No caso de Minas Gerais, a Justiça Federal começou a funcionar em 1967. “Curiosamente, na época da ditadura militar, ela foi erguida por homens e mulheres bravos. A sua determinação, sua garantia de manter o país, a nação unida e com o objetivo maior de desenvolver o país. Somos os responsáveis por resgatar esse legado, essa história para as futuras gerações. Então, meu querido e colega Vicente Porto de Menezes, é com a alegria que a Justiça Federal faz essa homenagem”, falou o juiz Antônio Francisco.

Foto de um homem branco de terno discursando em um púlpito.

O juiz José Carlos Machado falou da oportunidade em reconhecer e honrar o histórico, o passado, e o legado do juiz Vicente Porto de Menezes. “Todos os colegas aposentados que deram o seu esforço e sua energia para a construção da Justiça Federal brasileira devem ser reverenciados. Foi uma oportunidade que tivemos, uma grata oportunidade, de prestar através desse gesto singelo, a homenagem devida a todos esses que, ao longo das décadas, emprestaram a sua inteligência, o seu suor, a sua vontade, a sua firmeza, a sua coragem, ao ideal da justiça”, afirmou o juiz José Carlos.

Foto de um homem discursando em um púlpito, com terno e gravata de cores diferentes, sendo a gravata vermelha.

O desembargador Ricardo Rabelo completou dizendo que ficou feliz de presidir a solenidade. “Dr. Vicente Porto de Menezes foi juiz aqui na nossa Seção Judiciária ao lado de outros grandes juízes. E foi justamente a partir do trabalho desenvolvido por todos eles que hoje nós temos uma seção judiciária proeminente e um tribunal próprio, proporcionando o caminho, o acesso à jurisdição aqui em nosso Estado”, concluiu o desembargador.

Muita história pra contar

Vicente Porto de Menezes nasceu em 4 de fevereiro de 1925. Cresceu em uma família grande e alegre, criada ao pé de jabuticabeiras, foi o décimo quarto filho entre 15 irmãos. Formou-se em Letras, Filosofia e Direito, e fez doutorado em Direito Público.

Entrou para a vida pública para ser servidor do INSS, à época denominado INPS. Atendia no balcão. Mais tarde passou em outro concurso público e se tornou procurador do INPS. Anos depois fez concurso para juiz de direito, convencido por Milton Campos e Sebastião Reis, e assim entrou para a Justiça Federal em 1974, onde trabalhou até se aposentar, em 1984. Ele foi o décimo diretor do Foro da Seção Judiciária de Minas Gerais entre 1981 e 1982.

Entre tantos casos que julgou, um deles ele gosta de contar. É o de um senhor que ia perder a chácara onde morava há muitos anos com a família para uma empresa construtora, que reclamava a posse do terreno. Este senhor, desesperado, o visitou em seu gabinete e pediu sua ajuda. O juiz Vicente examinou os autos e resolveu suspender a imissão de posse. Mas a empresa construtora não desistiu de seu intento e continuava pronta para derrubar a casa daquele senhor para fazer as obras. O juiz Vicente mandou a polícia federal até o local para conter a empresa. A história acabou bem pois a empresa resolveu dar outra casa para o senhor que estava sendo despejado.

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