
O presidente do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), desembargador federal Vallisney Oliveira, esteve em Montes Claros na quinta-feira, 16 de outubro, para visita institucional à Subseção Judiciária e participação na instalação de três Unidades Avançadas de Atendimento (UAAs) da Justiça Federal nos municípios de Coração de Jesus, Januária e Manga. A iniciativa marca um avanço significativo na interiorização da Justiça Federal em Minas Gerais, em cooperação com o Tribunal de Justiça do Estado (TJMG) e prefeituras locais.
Pela manhã, o presidente visitou a sede da Subseção de Montes Claros, acompanhado pelo diretor da unidade, juiz federal Paulo Máximo de Castro Cabacinha; pelo juiz federal da 1ª Vara, Wilson Medeiros Pereira; pelo diretor do Foro da Seção Judiciária de Minas Gerais, juiz federal José Carlos Machado Júnior; pelo secretário-geral da Presidência do TRF6, juiz federal Antônio Francisco do Nascimento; e pelo juiz federal Ronaldo Santos de Oliveira, representando a Coordenadoria dos Juizados Especiais Federais (COJEF). Durante o encontro, foram discutidas demandas regionais e aprimoramentos estruturais voltados à ampliação do atendimento no Norte do estado.

À tarde, a solenidade de instalação das UAAs contou com a presença do presidente do TJMG, desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Júnior, e do corregedor-geral de Justiça de Minas Gerais, desembargador Estevão Lucchesi de Carvalho, além de prefeitos, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil e autoridades municipais. As unidades passam a oferecer serviços como atermação de ações previdenciárias, perícias médicas, audiências por videoconferência e informações processuais, evitando longos deslocamentos até Montes Claros ou Janaúba e beneficiando mais de 200 mil habitantes.

Ao destacar a importância da iniciativa, o presidente Vallisney Oliveira fez referência à realidade humana e geográfica do Norte de Minas, marcada pela resistência do povo sertanejo. Citou cidades como Coração de Jesus, às margens do Rio Canabrava; Manga, no vale do São Francisco, berço de povos originários; e Januária, hoje polo universitário. Ressaltou que, em um território onde a seca persiste e a paisagem alterna entre aridez e remanso, garantir o acesso à Justiça é também um gesto de reconhecimento e dignidade. Para ele, levar a Justiça Federal a esses municípios significa “encurtar distâncias e assegurar que cada cidadão seja atendido com respeito, sem precisar percorrer centenas de quilômetros para exercer seus direitos”.

A criação das UAAs também reafirma a cooperação institucional entre o TRF6 e o TJMG, ao retomar a competência federal nas regiões e contribuir para desafogar a Justiça Estadual em temas previdenciários. Prefeituras e entidades locais foram essenciais para a viabilização dos espaços e funcionamento das unidades.
Com essas ações, o TRF6 consolida sua presença no interior de Minas Gerais e reafirma o compromisso de construir um Judiciário mais próximo, acessível e atento às realidades históricas e sociais do estado.


