Teve início na tarde desta quarta-feira (4/6/2025) a 8ª edição do Encontro Nacional de Tecnologia e Inovação da Justiça Federal (Enastic), evento que transforma Belo Horizonte em um dos principais polos de discussão sobre o futuro tecnológico do Judiciário brasileiro até o dia 6 de junho. O Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) foi escolhido para sediar o evento.
A cerimônia de abertura, realizada na sede do TRF6, marcou o início de uma série de painéis, debates e apresentações que abordarão as transformações digitais em curso no sistema judiciário. O encontro é promovido pelo TRF6 em parceria com o laboratório de inovação iluMinas, e reúne magistrados, especialistas em tecnologia, servidores e profissionais da Justiça Federal de todas as regiões do país.
Com foco em soluções inovadoras, inteligência artificial, transformação digital e gestão da inovação, o Enastic se consolida como espaço essencial para o compartilhamento de experiências e boas práticas entre diferentes órgãos do Judiciário. Nesta edição, temas como governança de dados, cibersegurança, uso ético da Inteligência Artificial e melhoria dos serviços judiciais por meio da tecnologia ganham destaque.
O presidente do TRF6, desembargador federal Vallisney Oliveira, participou da abertura oficial do evento e destacou a importância de debater o tema. "Um evento de inovação e tecnologia na Justiça brasileira é considerado fundamental no momento atual, dada a dimensão que a tecnologia e a inteligência artificial assumem no mundo e no sistema judicial", frisou o presidente.
A conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Daiane Nogueira de Lira, enfatizou a importância do evento de inovação e tecnologia para o sistema judicial brasileiro. Segundo ela, o TRF6 desempenha um papel vital para o CNJ ao estimular, incentivar e participar conjuntamente com todos os tribunais – incluindo Justiça Federal, Tribunais Regionais Federais, Supremo Tribunal Federal, STJ e Tribunais de Justiça – na promoção da tecnologia e inovação. Ela também destacou que o CNJ recentemente editou uma nova Resolução disciplinando o uso da inteligência artificial no Poder Judiciário, e que é fundamental dialogar, debater e aprofundar esses temas com todos os tribunais.
Para o presidente da JEx, Ademir Piccoli, a Justiça Federal está em um caminho sem volta em relação à inovação e tecnologia. "Estamos em uma jornada de disrupção que exige uma mudança de mentalidade dos profissionais da área. É crucial que as pessoas mudem a mentalidade para sair do modelo tradicional, criando empatia pela tecnologia e aceitando-a. Uma perspectiva frequente é que "nenhuma pessoa será substituída por um robô, mas as pessoas que usam inteligência artificial com tecnologia vão substituir aquelas que não usam", explicou Piccoli.
A programação segue até sexta-feira (6), com palestras de especialistas nacionais e internacionais, exposições de projetos inovadores desenvolvidos por tribunais regionais e oficinas práticas promovidas pelo iluMinas, laboratório que tem se destacado por fomentar a cultura da inovação dentro da Justiça Federal.